Patrícia França Fã Clube

terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Patrícia França entrevista Revista Caras 2015

Entrevista da Revista ‪#‎caras‬
Os maiores fãs da atriz Patrícia França nos palcos
Fernanda, Gabriel e o marido, Wagner, festejam seu êxito em musical
o tipo mignon – 53kg em 1,58m – e muito ponderada, Patrícia França (43), dona de sólido currículo em 27 anos de carreira artística, diverte-se ao falar sobre o perfil mais reservado. “Não sou nem um pouco de ‘chegar chegando’. Às vezes, até tento. Saio de casa e digo: ‘Hoje vou arrasar.’ Mas não consigo! Não é timidez, sou discreta”, explica, ao lado dos filhos, Fernanda (15) e Gabriel (5), e do marido, o empresário Wagner Pontes (48), em sua casa, no Rio. Mas é exatamente com uma personagem que é o seu oposto, nada contida, que a atriz vem se destacando nos palcos. Em participação especial em Ou Tudo Ou Nada – A Comédia Musical, versão brasileira do espetáculo criado a partir do sucesso dos cinemas nos anos 1990, The Full Monty, Patrícia dá show à parte como a perua Vicki Nichols. Protagonizada por Mouhamed Harfouch (37), a produção, que retoma concorrida temporada no Theatro Net Rio, dia 12 janeiro, e segue, em março, para o Theatro Net SP, conta a história de seis desempregados que formam um grupo de striptease para ganhar a vida. “Vicki é diferente de tudo o que já fiz, absolutamente louca, fora do mundo.Brinca com essa superficialidade que algumas pessoas têm, mas, acima de tudo, é muito humana”, conta. A boa fase de Patrícia, que até agosto esteve no ar em Malhação – Sonhos, em seu retorno à Globo após 10 anos, também reflete na família. “Ultimamente, estou trabalhando muito. Isso me realiza, e também deixa todo o mundo em casa feliz. Tanto meu marido quanto as crianças sentiam que eu não ficava bem quando não estava atuando”, diz. Na entrevista, a pernambucana, alçada à TV na minissérie global Tereza Batista, em 1992, fala ainda sobre o aprendizado diário na educação do caçula, da união com Wagner, e da primogênita, de relação anterior com o analista de sistemas Paulo Lins (44). E admite também ter certa dificuldade em lidar com o passar dos anos.
– Envelhecer a assusta?
– Acho que a mulher, de um modo geral, sofre com isso. Vejo umas de 30 cheias de crise. Já minha irmã mais nova não tem nada disso, a do meio, também não, está sempre rindo. Sou dramática, interiorizo, sofro, ‘trabalho’ isso sempre. Então, depende de temperamento. E acho que é coisa de atriz também, a gente se cobra muito. Mas as pessoas falam que pareço mais jovem do que a minha idade. Procuro fazer o seguinte: se me olho no espelho e vejo que algo mudou muito, penso, tenho 43 anos, está bom. Se não for assim, as pessoas vão ficando plastificadas, presas a uma imagem que já não existe. Nós precisamos evoluir com nossa aparência. Aquelas que ficam presas a essa questão, por vezes, se tornam vazias. A meu ver, é essencial ser de dentro para fora, não o contrário.
– A gente percebe que você tem uma união familiar muito forte. Como mantém isso?
– Sou caseira, gosto de voltar para casa, estar com os filhos, o marido. Agora, com o espetáculo, isso complica um pouco, então, tento me organizar. Não acho necessário fazer as três refeições todos juntos, mas, ao menos, uma. É importante não perder essa liga, trazê-los para perto.
– Como é sua filha, Fernanda?
– Sou suspeita, mas é uma princesa. Querida, educada, de bom coração. Tenho orgulho. Tem dias que a gente quase não se vê, ela estuda muito, acorda às cinco da manhã. Mas estamos sempre trocando mensagens, se posso, a levo ao inglês. Minha mãe sempre diz: o importante não é a quantidade de tempo ao lado deles, mas a qualidade.
– E o Gabriel?
– É o rebelde, roqueiro, usa cabelão. Ainda estou descobrindo como é criar menino. Tem momentos em que sou pega de surpresa, como quando o levei para assistir ao musical. Ele viu a cena em que dou selinho no ator que faz o ‘maridão’ da Vicki e ficou magoadíssimo. Tive de fazer um trabalho psicológico. Mas crianças são sábias. Tento aprender com ele. Não sou dessas mães autossuficientes, cheias de fórmulas e discursos prontos. Entendo que é um eterno aprendizado e que cada criança é uma criança.
– Você está casada há 8 anos. Há segredo para essa harmonia?
– É preciso paciência, jogo de cintura e saber respeitar o momento da relação. Hoje, temos um filho de 5 anos, não é como antes. Às vezes, o homem não tem tanta disponibilidade de diálogo quanto a mulher. Demorou, mas agora entendo bem isso.
– Como avalia sua carreira?
– Sou grata a Deus. Às vezes, um ator passa uma vida, 30, 40 anos de profissão, sem nunca ou raramente ter na mão um bom personagem. Não tenho do que me queixar, fiz grandes papéis. A Vicki é charmosa, elegante, essa explosão de vida, um presente. É gratificante estar dentro de um sucesso enorme como essa peça. Em Malhação, fazia a mãe do Pedro e tinha maior orgulho de ser reconhecida assim. Outra época fiz a filha, a santinha, o sex symbol... Essa é a grande dádiva de ser ator. Temos papel a vida inteira, Laura Cardoso que o diga.




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