Objetiva e direta, Patrícia França é daquelas que não escondem os 33 anos e nem têm pudor em aceitar críticas ao filme Orfeu (1999), dirigido por Cacá Diegues, no qual viveu seu papel mais famoso no cinema. Apesar da franqueza, não há quem faça a atriz reclamar uma vírgula de sua primeira passagem pela Rede Record, onde ela interpreta Rosa, a vilã da remontagem da novela Escrava Isaura. O Ibope vai bem. Tanto quanto a estrutura montada para a produção, com ex-profissionais da Globo e investimento financeiro pesado. Moradora do Recreio dos Bandeirantes, Patrícia ficou na dúvida se valia a pena se distanciar da família para ficar na ponte aérea entre Rio e São Paulo, sede da emissora. Mas não se arrepende. “Eu estou adorando. Demorei a dar resposta porque era uma decisão sofrida, tenho uma filha de 4 anos. Mas as coisas boas acabaram pesando mais. A equipe é de primeira e o papel é ótimo”, comemora a atriz pernambucana, que estreou com louvores na TV aos 18 anos como protagonista da minissérie Tereza Batista, adaptação de Vicente Sesso para o romance de Jorge Amado.
A última novela em que atuou foi Chocolate com pimenta, em 2003, e em seguida ela perdeu o vínculo com a TV Globo: “Não foi um desejo meu. O contrato expirou e não foi renovado”. Logo surgiu o convite da Record, que lhe garantiu o retorno à telinha. Patrícia quer agora voltar também a fazer uma peça — a última foi Terceiras intenções, dirigida por Bibi Ferreira e com texto de Juca de Oliveira. Quando Escrava Isaura terminar, em março, ela participa do elenco de uma comédia escrita pela amiga Maria Natari, cujas leituras já estão em andamento, com direção de Marcelo Saback. Trata-se da história de três mulheres que passam suas vidas a limpo quando ficam ilhadas num apartamento durante uma tempestade.
Ainda este ano, ela quer realizar um sonho antigo: viver no teatro a cantora Elizeth Cardoso. Ela diz que já tinha a idéia na cabeça quando o ator Miguel Falabella anunciou publicamente que gostaria de produzir uma peça sobre a cantora. “Li a biografia da Elizeth e adoro. Mas a idéia é do Miguel porque ele já a divulgou. Então eu liguei perguntando: ‘Deixa eu fazer?!’. A receptividade foi boa, mas acho que deve ser algo mais para frente, porque o Miguel anda muito ocupado”, diz.
Caso o projeto não decole, ela costura outras opções para poder soltar a voz no palco. Patrícia chegou a cantar na novela O fim do mundo, na qual interpretou uma cantora de boate que visitava clássicos de Dorival Caymmi. A atriz também lançou um CD em parceria com o grupo Quinteto Violado (Algaroba, 1993). “Eu amo cantar. Quero aproveitar essa ótima onda de musicais, independentemente de fazer algo sobre Elizeth Cardoso”.
Ela diz ainda que adoraria fazer cinema novamente. No currículo estão os papéis principais dos filmes As tranças de Maria (direção de Pedro Rovai, 2002) e Orfeu. Mas são raros os convites: “Não sou muito da turma que faz cinema. As coisas funcionam assim, é natural”. A película de Cacá Diegues da qual participou, Orfeu, recebeu elogios mas também críticas. Patrícia concorda com algumas: “Acho que de fato o filme tirou um pouco o foco do romance em função da realidade da favela. Mas a maioria das críticas não foi justa. Guardo as melhores lembranças e adoraria trabalhar com Cacá outra vez”.
Enquanto o cinema não vem e os projetos para o teatro não acontecem, Patrícia mantém a rotina na nova casa, a Record. Escrava Isaura, uma adaptação livre do romance de Bernardo Guimarães, tem direção de Herval Rossano, à frente também da versão original da Globo, e ainda de globais como A gata comeu e Senhora, além de Dona Beija, na Manchete.
Com 12 pontos de média, Escrava Isaura é vice-líder de audiência em seu horário em São Paulo, posto alcançado pela primeira vez no Rio na quinta-feira. O texto é de Anamaria Nunes e Tiago Santiago, que aponta o sucesso de Rosa, personagem vivida por Patrícia: “Ela é uma escrava que não teve oportunidades, mas quer se aprimorar. É má com a Isaura, a mocinha (vivida por Bianca Rinaldi), porque tem ressentimento dela. Mas as pessoas a desculpam porque sabem como Rosa sofreu”.
A atriz conta qual é a sensação de interpretar uma vilã: “Um folhetim é sempre maniqueísta e a vilã é aquela figura que faz a mocinha existir, porque é o alvo a ser combatido. Mas acho que a Rosa ganhou vida própria, é carente, bem-humorada e levanta questões polêmicas como abuso sexual e pedofilia. Meus personagens sempre foram mais densos. Esse é mais solto, mais leve”.
Patrícia já trabalhou em novelas globais como Sonho meu e Suave veneno. Em sua primeira experiência na Record, ela ficou bem impressionada com a qualidade da produção: “Para mim, não foi nenhuma ruptura a troca de emissora. A fotografia é dez, o figurino cada vez melhor, o elenco bacana e costumo dizer que o Herval é a estrela. Não há nada de diferente de numa novela da Globo, que pode ter problemas que todo mundo vê, no texto ou na escalação de elenco. Estou feliz com a personagem, e isso para o ator é tudo”.
A última novela em que atuou foi Chocolate com pimenta, em 2003, e em seguida ela perdeu o vínculo com a TV Globo: “Não foi um desejo meu. O contrato expirou e não foi renovado”. Logo surgiu o convite da Record, que lhe garantiu o retorno à telinha. Patrícia quer agora voltar também a fazer uma peça — a última foi Terceiras intenções, dirigida por Bibi Ferreira e com texto de Juca de Oliveira. Quando Escrava Isaura terminar, em março, ela participa do elenco de uma comédia escrita pela amiga Maria Natari, cujas leituras já estão em andamento, com direção de Marcelo Saback. Trata-se da história de três mulheres que passam suas vidas a limpo quando ficam ilhadas num apartamento durante uma tempestade.
Ainda este ano, ela quer realizar um sonho antigo: viver no teatro a cantora Elizeth Cardoso. Ela diz que já tinha a idéia na cabeça quando o ator Miguel Falabella anunciou publicamente que gostaria de produzir uma peça sobre a cantora. “Li a biografia da Elizeth e adoro. Mas a idéia é do Miguel porque ele já a divulgou. Então eu liguei perguntando: ‘Deixa eu fazer?!’. A receptividade foi boa, mas acho que deve ser algo mais para frente, porque o Miguel anda muito ocupado”, diz.
Caso o projeto não decole, ela costura outras opções para poder soltar a voz no palco. Patrícia chegou a cantar na novela O fim do mundo, na qual interpretou uma cantora de boate que visitava clássicos de Dorival Caymmi. A atriz também lançou um CD em parceria com o grupo Quinteto Violado (Algaroba, 1993). “Eu amo cantar. Quero aproveitar essa ótima onda de musicais, independentemente de fazer algo sobre Elizeth Cardoso”.
Ela diz ainda que adoraria fazer cinema novamente. No currículo estão os papéis principais dos filmes As tranças de Maria (direção de Pedro Rovai, 2002) e Orfeu. Mas são raros os convites: “Não sou muito da turma que faz cinema. As coisas funcionam assim, é natural”. A película de Cacá Diegues da qual participou, Orfeu, recebeu elogios mas também críticas. Patrícia concorda com algumas: “Acho que de fato o filme tirou um pouco o foco do romance em função da realidade da favela. Mas a maioria das críticas não foi justa. Guardo as melhores lembranças e adoraria trabalhar com Cacá outra vez”.
Enquanto o cinema não vem e os projetos para o teatro não acontecem, Patrícia mantém a rotina na nova casa, a Record. Escrava Isaura, uma adaptação livre do romance de Bernardo Guimarães, tem direção de Herval Rossano, à frente também da versão original da Globo, e ainda de globais como A gata comeu e Senhora, além de Dona Beija, na Manchete.
Com 12 pontos de média, Escrava Isaura é vice-líder de audiência em seu horário em São Paulo, posto alcançado pela primeira vez no Rio na quinta-feira. O texto é de Anamaria Nunes e Tiago Santiago, que aponta o sucesso de Rosa, personagem vivida por Patrícia: “Ela é uma escrava que não teve oportunidades, mas quer se aprimorar. É má com a Isaura, a mocinha (vivida por Bianca Rinaldi), porque tem ressentimento dela. Mas as pessoas a desculpam porque sabem como Rosa sofreu”.
A atriz conta qual é a sensação de interpretar uma vilã: “Um folhetim é sempre maniqueísta e a vilã é aquela figura que faz a mocinha existir, porque é o alvo a ser combatido. Mas acho que a Rosa ganhou vida própria, é carente, bem-humorada e levanta questões polêmicas como abuso sexual e pedofilia. Meus personagens sempre foram mais densos. Esse é mais solto, mais leve”.
Patrícia já trabalhou em novelas globais como Sonho meu e Suave veneno. Em sua primeira experiência na Record, ela ficou bem impressionada com a qualidade da produção: “Para mim, não foi nenhuma ruptura a troca de emissora. A fotografia é dez, o figurino cada vez melhor, o elenco bacana e costumo dizer que o Herval é a estrela. Não há nada de diferente de numa novela da Globo, que pode ter problemas que todo mundo vê, no texto ou na escalação de elenco. Estou feliz com a personagem, e isso para o ator é tudo”.
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