Patrícia França Fã Clube

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

"As pessoas sofrem comigo. Tenho essa veia para comover", diz Patrícia França, a Nina de "Poder Paralelo"


Na sinopse de "Poder Paralelo", Nina, personagem que Patrícia França interpreta na história de Lauro César Muniz, era descrita apenas como "a sofisticada relações públicas do hotel Diana, que se apaixona por um jovem com metade da sua idade". No decorrer da trama, porém, ela foi muito além dessa descrição. Isso porque a tal paixão pelo rapaz bem mais novo tomou outras proporções. E o que era para ser um simples "affair" acabou virando "o" namoro pelo qual o público mais torce no folhetim da Record.
"Sinto que a coisa de a Nina ser uma mulher mais velha ficou em segundo plano. As pessoas estão torcendo pelo romance dos dois. Uma coisa é
certa: existe uma química entre o casal", analisa ela, que é só elogios a Guilherme Boury, ator que vive Pedro, jovem por quem Nina é apaixonada na trama. "Estou me deixando levar pelo jogo cênico com o Guilherme. E é muito bom o nosso processo de trabalho. A gente se propõe muitas coisas e acaba fluindo".

Apesar de atribuir grande parte de seu bom desempenho como Nina ao entrosamento com Guilherme, Patrícia admite que a direção de Ignácio Coqueiro também foi fundamental para o sucesso da personagem. "O Ignácio me deu vários toques. Um deles foi que eu mantivesse sempre a voz no grave, para imprimir um ar de mulher mais experiente. Fora isso, me apoiei no texto do Lauro, que é muito bem escrito", lembra ela, que está declaradamente apaixonada pela personagem. "É muito bacana a relação entre a Nina e o Pedro. Ela é uma mulher tão frágil e sofrida e, de repente, é presenteada com esse amor tão puro...", suspira.

O sofrimento a que Patrícia se refere tem a ver com o passado de Nina, que foi casada com um homem que a violentava muito. Por causa disso, até conhecer Pedro, a relações públicas sempre preferiu ficar sozinha. E adotou uma postura mais fechada. A atriz acredita, inclusive, que foi convidada para viver essa mulher tão sofrida por passar sinceridade e fragilidade no olhar. "As pessoas têm tendência a sentir muita ternura por mim. Elas sofrem comigo. Tenho essa veia para comover", reconhece a atriz, que tem a carreira marcada por papéis sofridos, como a jovem Maria Santa, de "Renascer", a Cláudia de "Sonho Meu" e a Clarice de "Suave Veneno".

Embora Nina venha sofrendo horrores com a chantagem de Bruno, papel vivido por Marcelo Serrado - afinal, o mau-caráter empresário não quer que seu filho Pedro se envolva com a relações públicas -, Patrícia está gostando do rumo que a personagem tem tomado. Principalmente depois que ela descobriu estar grávida. Até porque, a atriz também está grávida fora da ficção, o que facilita o processo de composição do papel. "Só é um pouco mais complicado porque a gente se preocupa com o bebê e se cansa mais, o desgaste emocional é maior", conta ela, fazendo questão de frisar, no entanto, que pretende trabalhar até os últimos meses de gestação.

"Gravidez não é doença. Não tem por que abandonar a novela. Não sei dizer até onde o Lauro vai levar a história da personagem. Sei que a novela vai até janeiro, que é quando meu filho nasce".

Em sua quarta novela na Record, Patrícia se diz feliz da vida na nova emissora. Afinal, desde que estreou na casa, há cinco anos, na novela "A Escrava Isaura", ela só tem trabalhado em produtos de alta qualidade. "Estou no melhor produto da casa. Me sinto aliviada e tranquila por isso. Se tivesse em qualquer outra emissora fazendo o melhor produto também estaria assim", opina ela, que trabalhou durante dez anos na Globo.

Satisfeita com o fato de participar de produções de alto nível da Record, a atriz pretende continuar na casa por muitos e muitos anos. E, mesmo prestes a ter bebê, já faz planos de voltar à ativa em breve. "Espero conseguir dividir meu tempo entre o neném e o trabalho. Não acredito muito nessa coisa de ficar à disposição do bebê. Não é bom nem para a mãe nem para o filho", avalia. Patrícia adianta, contudo, que deve voltar antes ao teatro e ao cinema. "Até porque, não é bom fazer uma coisa atrás da outra na tevê. Faz bem descansar um pouco a imagem", acredita ela, que vai batizar seu pequeno de Gabriel.

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